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Bruno Foster revela como as táticas do Pôquer podem potencializar o Jogo dos Negócios

O mundo dos negócios tem muito a aprender com as técnicas do pôquer. As técnicas desse esporte mental pode favorecer a realização de bons negócios. O cearense Bruno Foster é, sem dúvidas, um dos expoentes do pôquer brasileiro.

Ele acumulou inúmeras conquistas ao longo de sua carreira, sendo a principal delas a mesa final do Main Event da WSOP (principal torneio do mundo). Um feito que até hoje, nenhum outro brasileiro igualou. O nome Bruno Foster também é referência quando falamos de ensino. Ministrou cursos e aulas para centenas de alunos, ajudando-os dessa forma a realizar seus sonhos no game.

Nesta entrevista para o canal TurnAround de Edgar Ueda, você vai aprender que pôquer é paciência pra não fazer jogada equivocada ou precipitada, assim como no mundo dos negócios. Um jogador profissional de pôquer se prepara para ser um campeão. Trabalha o cálculo matemático, usando a teoria da probabilidade. No mundo dos negócios também temos as probabilidade do que pode dar ou não dar certo.

Edgar Ueda: Qual foi o seu grande momento de virada para você chegar onde chegou?

Bruno Foster: Posso ressaltar dois pontos, uma parte pessoal e uma parte profissional. Na parte pessoal foi no momento em que decidir fazer o que eu mais amava na vida que era jogar pôquer. Já jogava recreativamente há mais ou menos sete anos, já era lucrativo jogando pôquer, mas eu tinha um trabalho em paralelo. O trabalho em paralelo não me dava felicidade. Trabalhava com aquilo porque eu precisava. Tive um momento de reflexão e falei pra mim: eu quero fazer o que me faz feliz. Veio a parte profissional, quando tive a oportunidade de sair da empresa que eu trabalhava por meio de um acordo com o meu chefe. Dali em diante disse que queria tocar minha vida com o pôquer e calhou muito certo de ser perto de um torneio que ganhei. Foi o campeonato brasileiro em 2008. Acho que meu turnaround foi quando eu decidi me dedicar só ao pôquer. O meu lado pessoal pedia isso pra mim, junto com essa grande conquista que foi o campeonato brasileiro. Então foi a junção do meu lado profissional com o meu lado pessoal.

Edgar Ueda: O pôquer usa muito estratégia, matemática, leitura comportamental. Vamos falar para o universo de negócios. Como o pôquer pode contribuir nas negociações, no dia a dia dos profissionais?

Bruno Foster: São várias coisas, mas algumas que eu posso dizer é que hoje não sou só jogador de pôquer, mas sou empresário. Invisto em áreas dentro do pôquer, mas que não é jogando pôquer. Vejo que posso me beneficiar muito em vários setores, como por exemplo, o tratamento pessoal. A minha relação com as pessoas é muito melhor do que era antigamente. Hoje não é só questão de você ler a pessoa, mas é usar o que você aprende no pôquer para a sua vida nos negócios. Uma das coisas que o pôquer me deu foi conseguir esse trato humano. Essa relação humana com as pessoas hoje é muito mais fácil pra mim, não só no meu ciclo de amizades como também no meu ciclo profissional. Graças ao pôquer eu presto muita atenção nas pessoas.   

Edgar Ueda: O poker tem também tomadas de decisões. Algumas podem impactar totalmente o seu jogo numa tomada de decisão certa ou errada. Como você se prepara para que a tomada de decisão seja mais assertiva, embora nunca previsível?

Bruno Foster: Primeira coisa que a pessoa tem que fazer no pôquer é estudar. Se você vai jogar e acha que vai sentar, brincar, se divertir e ganhar dinheiro, você não vai. O pôquer, que é classificado como um esporte mental, assim como o xadrez ou dama, ele exige muito de quem quer se tornar profissional ou como quem quer jogar como hobby lucrativo. Então as tomadas de decisões que você tem numa mesa de pôquer hoje são baseadas no estudo, no conhecimento que você adquiriu. Então se você estudou muito, está muito mais preparado para aquela situação, então a chance de você acertar é muito maior do que dos seus oponentes. É mesma coisa no mundo dos negócios, se você pega um cara mega preparado, que já tem experiência e vai assumir uma empresa, a chance dele ter sucesso tanto nos negócios quanto com as pessoas é muito grande. E se você pegar um cara que está mais ou menos preparado, tipo, vamos arriscar que esse cara é mais barato, a chance de dar errado é maior. No mundo do pôquer é exatamente a mesma coisa. Se eu e você fossemos jogar pôquer a sua chance seria pequena, mas ela existiria, como tudo na vida. É a mesma coisa quando a gente fala de um empresa. Se a gente fosse hoje tocar uma empresa você teria muito mais chance de sucesso do que eu. Você tem muito mais experiência e uma preparação melhor que a minha. Então acho que quando a gente mexe com o mundo dos negócios e o pôquer a gente consegue fazer uma relação de que as tomadas de decisão, as coisas que você vai ter como assertivas, estão muito mais dedicadas ao tamanho do seu conhecimento e a sua preparação do que simplesmente você sentar, achar que vai dar tudo certo e arriscar.

Edgar Ueda: Antes de começarmos a gravar você falou que entrou no pôquer por acaso, mas foi se envolvendo jogando. Ás vezes as pessoas demoram muito para entrar no jogo dos negócios, esperando estar preparado. Temos uma máxima de que feito é melhor que perfeito. Você se aperfeiçoa fazendo. Você também acredita nisso, que vai ficando melhor na medida que você faz ou tem que estudar muito antes de começar a jogar?

Bruno Foster: Não. A balança tem que funcionar: estudo e experiência. Adianta eu estudar física quântica se nunca vou aplicar isso na minha vida? Não vai me resolver de nada. É mesma coisa no pôquer. Se você estudar, estudar e estudar, na hora de jogar você não vai saber aplicar com maestria. Pois você tem muito a parte técnica, mas não tem nada de experiência. Acredito que isso seja para tudo na vida. Você tem que ter um equilíbrio, tanto na parte de estudo, como na parte de prática. É como se fosse uma conexão. Um ligado ao outro e se você faltar com um você não consegue passar pro outro.       

Edgar Ueda: Gostaria que você compartilhasse três características. Uma sendo sobre qual foi comportamento que você teve para ser mais relevante para chegar onde chegou. Qual foi a competência que você mais tinha e qual foi seu mindset? Quais foram as predominâncias?

Bruno Foster: Sou bom com pessoas. Meu mindset foi uma preparação. Há 10 anos eu tinha um mindset, cinco anos depois eu tinha outro. Hoje eu tenho outro completamente diferente. Lá atrás eu não tinha um mindset forte. Hoje percebi o quanto isso é importante e investi em cursos, em palestras. Então fui buscar um aprimoramento daquilo que eu nem achava que era importante. Descobri que era importante na caminhada. Na minha virada eu não sabia o quanto importante era o mindset, só que já trabalhava ele de uma forma inconsciente. O que me passava pela cabeça naquela época era de que eu precisava usar o meu tempo livre pra me dedicar. Comecei a dividir as minhas tarefas no tempo por momentos de estudo, de jogo e de investimento também. Investi muito em mim.   

Edgar Ueda: Quando as coisas não estavam caminhando na velocidade que você queria, qual era a sua reação com os acontecimentos, principalmente quando eles não eram tão positivos?

Bruno Foster: Tenho uma qualidade que me ajudou muito nisso que é proatividade. Mesmo nesses momentos difíceis eu nunca fiquei parado, reclamando ou chorando. Sempre fui assim na minha vida para tudo. No pôquer não foi diferente. A diferença é que o pôquer dá muitas pancadas. Costumo dizer para todos que o pôquer é a melhor profissão do mundo, mas em compensação é a profissão mais difícil do mundo. Posso dizer isso pois vivo do pôquer e jogo há 14 anos e sei o quão difícil é você se manter no topo, sendo profissional e vivendo de pôquer. Minha proatividade e determinação fez com que eu passasse por coisas e dizia pra mim mesmo: eu vou continuar. Tenho vários amigos que são profissionais e vivem disso há muitos anos. A mídia de pôquer vende de que a nossa vida é maravilhosa, é igual ser jogador de futebol. Todo mundo de 14 anos quer ser jogador de futebol. Com o crescimento do pôquer você vê todo mundo querendo ser jogador de pôquer. Tenho uma filosofia que uso como ideologia: é possível, mas não é fácil. Para que as pessoas tenham essas consciência, não se deslumbrem e parem de fazer faculdade, de trabalhar para jogar pôquer com a ideia de serem ricos. Não funciona assim. Então tenho essa carga de consciência e gosto sempre de frisar e deixar bem claro isso. Não é tão fácil e tão lindo como se parece. Assim como em todos os mercados em que a gente se dedica, tem as pessoas que dão certo.

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