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Robinson Shiba, dono do China in Box, revela a receita de um negócio de sucesso

Robinson Shiba é dono do maior delivery de comida chinesa do Brasil – o China In Box. Ele também é dono do Gendai, delivery de comida japonesa. No total são 230 lojas espalhadas por todo o país com 4.500 funcionários. Por ano ele chega a faturar R$ 300 milhões de reais. Ele é dentista de formação, mas se tornou um dos principais nomes do empreendedorismo no Brasil. Shiba também é um dos integrantes do programa Shark Tank Brasil, do canal Sony.

Nesta entrevista para o canal TurnAround, de Edgar Ueda, o empresário fala sobre todo o caminho que teve que percorrer para ter um negócio de sucesso e as competências que foi adquirindo ao longo do tempo para formar um time campeão.

Edgar Ueda: Quais competências, comportamentos que te levaram onde você está hoje. O que foi relevante para essa virada?

Robinson Shiba: Edgar, eu sempre comento, para que uma pessoa possa empreender, se inspirar e continuar numa jornada, cito que uma das principais coisas que aconteceram comigo foram as minhas referências. Isso é um bom início para qualquer jornada empreendedora. Tive duas grandes referências na minha vida. Foi o meu avô, sou descendente de japoneses, ele foi um grande empreendedor por ter saído de outro país, navegou por quatro meses, chegou aqui sem saber falar a língua, foi levado para o interior de São Paulo. Deram um saquinho com sementes, uma enxada e falaram pra ele começar a vida. Meu pai também. Boa parte da vida dele foi no interior de São Paulo também trabalhando na lavoura. Eles conseguiram prosperar através de muito trabalho e honestidade. Daí você crescer com duas pessoas que tem como características a honestidade, trabalho e ética, você se inspira. Para mim esse foi o meu grande legado que eles deixaram e tive a sorte de acompanhar toda a trajetória deles. Muito pequeno, já dentro de uma loja de materiais para construção, que eles eram os proprietários, fiz a minha vida. Fiquei lá morando nos fundos dessa loja por 17 anos. Lá que tive contato com o varejo. Nossa casa tinha quatro quartos e quatro famílias nos fundos dessa loja, assim que me criei. Tive a experiência de trabalhar com pessoas e ver quão importante são todos os membros do time, da pessoa mais simples até o proprietário. Como eles se relacionam, essa interdependência. Acredito que as principais características de um grande empreendedor são: humildade, honestidade e a coletividade. Saber que todo mundo depende de todo mundo e ninguém é melhor do que ninguém.

Edgar Ueda: Você falou que trabalho é uma característica das pessoas de sucesso. Você lançou recentemente um livro, tem a China In Box, o Gendai, está no Shark Tank. Como que é administrar vários negócios e o seu tempo, principalmente?

Robinson Shiba: Se você entender de fato que você sozinho não vai construir nada, então você começa a construir um time. Eu tenho essa sorte e essa luz de ter comigo pessoas que são extremamente engajadas com o meu sonho e projeto de vida. São pessoas que me acompanham a 25 anos. Tenho sócios que me ajudam. A empresa é extremamente familiar. Além de familiares trabalhando juntos a minha esposa é diretora financeira. A minha irmã é sócia-fundadora. Meu sócio eu conheço desde os 13 anos de idade, crescemos juntos. Somos uma grande família. Tenho colaboradores de fato que estão comigo desde que eu comecei o negócio. O cara que criou o logotipo é o fabricante de biscoitinho da sorte. O primeiro fornecedor do hashi, continua comigo até hoje. A pessoa que fez a mochila, continua comigo até hoje. Os primeiros fornecedores. Depois que você cresce, consegue delegar, pois são pessoas que cresceram com você. Sempre fui extremamente democrático, sempre compartilhei minhas dúvidas e angústias, então tenho um time que já me conhece e conhece a empresa. Isso faz com que eu tenha olhos para investir num outro negócio, participar de um programa e o que mais gosto de fazer é visitar lojas. Tenho 230 lojas espalhadas pelo Brasil inteiro e tento visitá-los anualmente. Fico pouco tempo no escritório. Gosto muito de estar em contato. Brinco que tenho um time que carrega o piano. São 4500 colaboradores que estão preparando a loja pra abrir.   

Edgar Ueda: Você olha mais para o negócio ou olha mais para as pessoas, o empreendedor? Se for pra pessoa, quais características você olha para investimento, pra trazer pro seu negócio?

Robinson Shiba: É um conjunto, obviamente que o negócio é importante, se ele é novidade, se é nichado, se ele tem potencial de multiplicar, o valuation, a gente bate muito na tecla do quanto o empreendedor está valorizando o negócio dele e o quanto ele valoriza o nosso conhecimento. Falta um pouco isso não só para o empreendedores do Shark Tank Brasil, mas para todas as startups que hoje estão aí sendo muito comentadas. Esse empreendedor tem que valorizar o smart money, vão ouvir falar muito disso. O smart money é muito mais o conhecimento que a pessoa pode estar agregando ao negócio dele, do que propriamente o dinheiro. Então eu valorizo o quanto ele me valoriza, o quanto o negócio dele é nichado, escalável e o famoso brilho nos olhos. Que é o quanto ele se emociona em falar sobre o negócio dele. Sobre a criação, os sonhos, os projetos que ele tem em mente. Ele acaba se emocionando e lacrimejando. Daí brilha o olho dele quando ele fala sobre o negócio.

Edgar Ueda: A gente fala muito de como fazer. Quais são as características espelhadas de quem chegou lá. No meio de toda essa jornada, que acredito eu não ter sido tão fácil assim, o que você falaria para não fazer?

Robinson Shiba: A ansiedade. Ela prejudica muito a saúde do empreendedor, as pessoas que estão junto com ele, o time. Quando o líder é muito ansioso o time também é ansioso. A ansiedade faz com que você cometa alguns erros. Faz com que você pesquise menos que o necessário.                 

Edgar Ueda: As pessoas querem viver esse momento, de guinada, de virar o jogo e realmente fazer história. Qual é a mensagem final que você deixa para tomada de decisão de virar o jogo?

Robinson Shiba: Para mim o grande momento de virada foi quando eu decidi, definitivamente, abandonar a minha carreira de dentista e focar nos meus negócios de alimentação. Essa transição é mais complicada, quando muitos empreendedores estão empregados, ganhando um bom salário. Tem uma vida relativamente confortável e quer empreender. Quer deixar a segurança do 13º salário, do Fundo de Garantia para se transformar no dono do seu negócio. Enquanto não decidir focar em um ou em outro, ele nunca será uma grande executivo com potencial de virar o presidente da empresa e nunca será um grande empreendedor, dono de uma empresa escalável. A minha grande virada foi quando decidi e acreditei no limite da inconsequência de que os meus negócios iriam prosperar. Esse pra mim foi o momento da virada e é o momento da virada de qualquer empreendedor. É o momento em que a pessoa tem que decidir, ou eu fico aqui, ou eu parto para uma nova jornada. O partir para uma nova jornada tem que ser de corpo e alma. Compartilhei isso com as pessoas que iriam diretamente ser impactadas que é a minha família. Minha esposa e meu filho. Juntos abraçamos a causa de empreendermos, de seguirmos juntos por um caminho de construir os dois negócios. É o foco. Não tente fazer as duas coisas simultaneamente que você não será bem-sucedido nem em um, nem em outro.

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Conheça a receita receita universal de sucesso por Professor Marins

O professor Marins é antropólogo com formação internacional. Licenciado em História, Filosofia, Ciências e Letras. Foi apresentador do programa Show Business na RedeTV! e também do programa Motivação e Sucesso na Rede Vida. Autor best seller com mais de 30 livros publicados.

Nesta entrevista para o canal TurnAround de Edgar Ueda ele dá a “receita universal do sucesso” e traça os princípios para um avanço equilibrado.

Edgar Ueda: Professor, em toda a sua trajetória você atendeu mais de 600 empresas, o que mais o senhor está acostumado a ouvir em termos de crise, de mudança, de turnaround?

Professor Marins: É muito fácil de entender. Eu sou antropólogo e estudamos linguística, a etimologia da palavra “crise” em grego é peneira, “cri” é separar. É a mesma origem do “crivo” do chuveiro, que separa o duto da água em jatos menores. A crise peneira, o que é bom passa o ruim é jogado fora. Em tempos mais bicudos a malha da peneira fica mais fina. Só passa quem é realmente bom. Quando passa na peneira da crise saímos melhor primeiro por se livrar de um monte de concorrente ruim e segundo que para passar na peneira da crise a gente teve que fazer um regimezinho. A grande diferença está no domínio da vontade. Na etimologia, “domínio” vem de dominus, que é ser senhor da sua própria vontade. A pessoa que consegue dominar a sua vontade não se deixa abater por notícias de fora, quando elas têm entusiasmo e crê que é capaz. Diferente do otimista, a pessoa com entusiasmo acredita menos nas coisas externas e mais em si próprio. O grande segredo de sucesso que eu encontrei nessa vida toda são pessoas que acreditam nelas, dominam a vontade e trabalham duro.

Edgar Ueda: No seu canal que é o Show Business você entrevista CEOs, presidentes, empreendedores que tiveram o seu grande TurnAround. Quais são as principais características dessas pessoas e seus mindsets? Tem algo em comum?

Professor Marins: Sim. Eles tem uma paixão muito grande pelo que fazem. A base de tudo é que eles entendem que a inteligência só mostra um caminho, a vontade é que faz você caminhar. Então a primeira coisa é um domínio muito forte da vontade. A segunda é aprender a gostar do que faz. Uma coisa é você fazer o que gosta, mas tem uma hora que você precisa aprender a gostar do que você faz. A outra coisa é que eles investem neles próprios. Vão atrás. Chamamos isso em inglês de “push yourself” (empurre-se pra frente). Vão aonde acham que devem ir. Eles vão em busca de conhecimento, de amizade e de relacionamento. Outra característica de todos eles é que trabalham duro. Eles possuem uma disciplina muito forte. Uma das características que eu acho das mais principais é foco, eles não ficam ciscando aqui e ciscando lá. Primeiro eles abrem o foco para ver o que querem e depois quando eles fecham o foco eles vão fundo naquilo. Eles têm um sentimento de gratidão muito grande. Além de agradecer a Deus, eles agradecem muito às pessoas. Sabem que ninguém chega ao pódio sozinho.

Edgar Ueda: Falamos neste bate-papo sobre o que fazer. Mas tem também o que não podemos fazer que é importante para minimizar erros. O que as pessoas não devem fazer neste momento?

Professor Marins: A gente sempre ensinou a fazer uma lista do que não fazer. Uma das coisas que as pessoas de sucesso não fazem é se unir a pessoas negativas e negadoras. O mundo já é difícil e se você estiver convivendo com pessoas que te puxam pra baixo e para trás o tempo todo essas pessoas eu chamo de sugadoras de energia. Vampiro é um perigo, ele vive do seu sangue, esse é maldoso. Mas o corvo é aquele que fala não vai dar certo. Uma maçã podre apodrece um tacho de maçã. Quem poupa os maus ofende os bons. Quando você começa a ser muito complacente com quem não joga no time, você deve ser tirado do time. Sai da individualidade e passe a ser coletivo ao mesmo tempo seja excelente individualmente.

Edgar Ueda: Com toda a sua experiência qual é o recado que você deixa para quem nos lê ou assiste. Qual é o caminho para o sucesso?

Professor Marins: Existe uma receita universal. Primeiro pense no que você pode fazer para ter sucesso. Você tem que encher as prateleiras do seu cérebro de conhecimento e informação. O conhecimento é memória e recordação. Tudo que você viu, cheirou, fez desde que você nasceu taí dentro da sua cabeça. Quando uma informação nova chega pelos sentidos o seu cérebro vai nas prateleiras, pega uma informação correlata àquela e dá a você um pensamento. Então quanto mais matéria-prima e estoque você tiver mais criativo e inovador você será. A segunda coisa é o domínio da vontade. Não se esqueça disso, você tem que se empurrar pra frente. A liberdade não é um atributo da inteligência. A inteligência é criadora mas não é livre. Vença a sua preguiça, acredite nos seus insights e aja com velocidade. Essa é a receita do sucesso. Pode analisar todo mundo que você conhece. Sucesso não é dinheiro. Em antropologia sucesso é estar bem com você mesmo, com auto-estima equilibrada e a sociedade onde você vive te reconhecer como uma pessoa de bem. Isso é sucesso. A receita é uma só!

Ficou curioso para saber mais sobre o TurnAround do Professor Marins? Assista a entrevista completa no canal TurnAround do Edgar Ueda no YouTube. O Link desta entrevista é esse: https://youtu.be/0pf3ug5DgHE. Se inscreve lá e você vai acompanhar sempre a história de sucesso de um outlier nesta série de entrevistas.