Marcio Giacobelli é consultor empresarial nas áreas de liderança, vendas, gestão de pessoas e negócios. Ele também é palestrante e escritor best-seller do livro: “Relacionamento, influência e Negócios”. Tem mais de 25 anos de experiência em treinamentos de equipes de vendas em grandes multinacionais, como a Natura. Giacobelli é graduado pela PUCAMP com MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É fundador do Conexão Rede e dirigente do Movimento Educacional Brasil Lúdico.
Para ele para fazer negócios é preciso “gostar de gente. A empresa precisa saber que relacionamento é a base para a venda de produtos ou serviços”, conclui. Ao ser entrevistado por Edgar Ueda para o canal Turnaround ele fala de sua própria virada e revela todos os aspectos que potencializam os negócios, com base no relacionamento e na influência.
Edgar Ueda: Qual foi o seu momento de virada?
Marcio Giacobelli: Tenho muitos momentos, mas nos últimos anos tenho refletido sobre o que fez eu dar um salto qualitativo e quantitativo na minha carreira e na minha vida. Acho que esse momento foi recente. Há quatro anos, quando eu decidi deixar o mundo corporativo, o cargo executivo de uma grande multinacional. Me chamaram de louco. Quando você está numa grande corporação, principalmente como executivo, você tem todos os benefícios de altos salários. Chamamos isso de algemas de ouro, quando não conseguimos tirar aquela algema, pois é muito difícil. Tomei essa decisão e tirei meu ano sabático. Fiquei um ano estudando. Tive que desintoxicar o meu cérebro. Fiz isso nos Estados Unidos, no Canadá e viajei para vários países para entender o que eu queria e qual era a minha terceira profissão. A primeira é aquela que você começa e aprende. Comecei a trabalhar muito cedo, com 13 anos de idade. A segunda é quando você atinge o topo de uma corporação e a terceira é quando você quer ter um propósito maior na sua vida. Descobri esse propósito nos últimos 15 anos de trabalho nessa corporação, mas não queria fazer o que eu fazia. Nos Estados Unidos escrevi um livro e este livro quando eu voltei para o Brasil tinha a seguinte intenção: de ajudar as pessoas a terem sucesso no negócio que defendo hoje que é vendas diretas, marketing de relacionamento. Na verdade nem foi um livro. Foi uma apostila onde eu ia distribuir para as pessoas ver o padrão de comportamento daquelas que eu entrevistei. Via muita gente tendo sucesso e via também muita gente tendo fracasso. Quando cheguei aqui o Roberto Shinyashiki, através da Roseli viu a apostila e falou: isso é um livro, e um bom livro. Nós editamos o livro e ele em um mês atingiu a lista da Veja entre os mais vendidos do Brasil, num mercado editorial tão concorrido como o nosso. Fiquei muito feliz, deixei de ser executivo para começar a colocar que a minha profissão era escritor. Foi um grande ponto da virada. Abriu uma avenida de solicitações de palestras, consultoria, pessoas e empresas pedindo minha ajuda. Foi um ponto da virada e eu estava satisfeito com o resultado que estava tendo ajudando empresas e pessoas.
Edgar Ueda: No seu livro você fala de relacionamento e influência em negócios. O que isso representa para você?
Marcio Giacobelli: Defendo o mercado de vendas diretas, de marketing de rede e neste mercado sem relacionamento não tem negócio. Pressupõe através de uma venda consultiva você tem que se relacionar com o próximo. Precisa gostar de gente. Precisa ter o relacionamento como base de negócio. A empresa precisa saber que relacionamento é a base para a venda de produtos ou serviços. Precisa influenciar uma rede de pessoas para o bem comum, aí você tem o princípio da liderança. Um líder que atua por influência e não por autoridade. O líder chefe, que não é líder, às vezes só chefe, ele manda você fazer alguma coisa com o risco de ter alguma penalização. Neste mercado as pessoas são empreendedoras, logo você precisa trabalhar a influência. Esquece aquela liderança autoritária, precisa ter uma liderança para você conseguir com que as pessoas façam aquilo que você quer que elas façam. Negócios é o resultado do relacionamento e da influência.
Edgar Ueda: Você saiu de um contexto executivo que tinha uma zona de conforto, uma segurança. Nessa mudança de 360 graus, qual foi o comportamento que você teve? Teve algum choque, alguma dor para você sair de onde estava ou foi o amor e prazer de falar que queria algo melhor? Aprendemos que as mudança ocorrem ou pela dor ou pelo amor. Como foi no seu caso?
Marcio Giacobelli: Invariavelmente as mudanças acontecem pela dor. A minha dor foi a de não estar mais satisfazendo os meus desafios. A dor de estar fechado dentro de uma organização e perder o meu relacionamento com a família. A dor de você estar com vontade de querer mudar um pouco o mundo onde você vive e você tem uma limitação. Essa foi a dor, esse foi o meu motivo para a ação. Tive que mudar todo o modelo mental que até então eu tinha adquirido nos anos onde eu era empregado, CLT, carteira assinada. Onde tudo teoricamente é mais fácil. Muita gente acha que o emprego dá segurança e não dá. Tenho até um post que coloquei no meu site e que deu muita polêmica. Eu falei: se você tem emprego você não tem segurança e não vai ficar rico. Então quando você quer outra proposta de vida, um conforto maior para a sua família, distribuir riquezas de uma forma mais justa para as pessoas que você ama, ter mais liberdade de trabalho e mais impacto na comunidade, tive que fazer essa mudança. Tive que adotar um pensamento e atitude radicalmente diferente do mercado corporativo. Enquanto lá uma empresa fala o que você tem que estudar com todos os cursos e treinamentos gratuitos, você acompanha simplesmente o direcionamento que a empresa te dá. No mercado de empreendedor você precisa buscar isso. Precisa saber exatamente qual é a sua necessidade naquele momento e precisa investir. Então tive que correr muito mais riscos. Quanto maior o risco, maior o benefício ou maior a punição. Tive a sorte de ter os melhores benefícios com os riscos que eu corri.
Edgar Ueda: No mercado corporativo você foi um grande executivo, um escritor best-seller e hoje é parceiro de negócios de um bilionário, que é o Carlos Wizard, uma pessoa de bastante notoriedade. Você tem um conjunto de fatores que carrega essa trilha de sucesso. Qual seria esse conjunto de fatores? Tem alguma lista ou é intuitivo?
Marcio Giacobelli: Tem intuitivo mas tem lista sim. Primeiro sou uma pessoa inconformada, no bom sentido. Quando você está inconformado com uma situação você se move para você achar um conformismo. Quando você acha o conformismo, fica inconformado de novo. Isso te impulsiona. Essa atitude do inconformismo me movimentou para muitos lugares interessantes. Sou muito curioso no sentido de entender como as coisas funcionam e como funcionam para alguns e não funcionam para os outros. Por isso que no conteúdo do livro adotei padrão de comportamento de quem teve sucesso nesse negócio. Quando você adota padrão de comportamento você pode duplicar isso, modelar. Alguém chegou. Então basta sair do tácito e vai para o explícito. Quando vai para o explícito você consegue fazer essa duplicação no padrão de comportamento. Poderia listar uma série de atitudes, mas acho que esse inconformismo está me levando nos lugares onde estou hoje.
Edgar Ueda: Para quem está vivendo um momento de incerteza ou medo de dar um passo diferente na vida. Qual é sua contribuição para que essa pessoa tenha o seu grande Turnaround?
Marcio Giacobelli: Vou falar de algumas coisas práticas, que são fáceis das pessoas praticarem. Primeiro tome muito cuidado com quem você anda, precisa andar com pessoas que realmente estão fazendo a diferença na sua vida. Está cheio de gente para destruir o seu sonho. Toda vez que tem alguém te jogando pra baixo você precisa passar um filtro. Segundo o que aconteceu pra mim e deu muito resultado: deixei de ver notícias ruins através da mídia. Eu escolho a notícia que eu quero ver, não é a mídia que escolhe a notícia que eu tenho que ver. Então já não vejo mais jornal de manhã e nem à noite. Acordo bem e durmo bem. Quer queira, quer não, nós somos contaminados com o meio. Terceiro: é necessário capacitar-se do assunto que você quer conhecer. Capacitação é a chave do negócio, treinamento sempre. Quarto: disciplina de execução. Muita gente quer motivação, assiste os melhores filmes, as melhores palestras, lê os melhores livros mas não tem disciplina de execução. Disciplina vai fazer você sair do ponto A para o ponto B. E por último: tenha um mentor. Essa é a pessoa que sabe mais do assunto que você precisa saber. Mentor é aquele que você vai usar para chegar no ponto onde você quer chegar. As pessoas adoram dar mentoria e você também pode dar mentoria de um assunto que você conhece mais do que o outro. É uma troca e um círculo virtuoso. Seguindo essas orientações práticas que aconteceu com a minha vida, tenho absoluta certeza que você vai fazer um grande diferença na sua vida e na vida das pessoas que você ama.
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